O Brasil reafirmou sua posição de destaque na ciência mundial com a recente nomeação de dez novos membros para a Academia Mundial de Ciências (TWAS), incluindo dois pesquisadores renomados do Rio Grande do Sul. Célia Regina Carlini, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e Odir Antonio Dellagostin, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), agora integram uma instituição prestigiada, que reconhece cientistas de países em desenvolvimento por suas contribuições técnicas à ciência.
Com essas adições, a TWAS atinge 1.444 membros em todo o mundo, sendo 159 brasileiros, número que empata com a China nas recentes nomeações.
Os Gaúchos em Destaque
- Célia Regina Carlini (UFRGS): Especialista em Ciências da Saúde, suas pesquisas têm como foco a saúde pública, incluindo epidemiologia e nutrição, com ênfase em saúde materno-infantil.
- Odir Antonio Dellagostin (UFPel): Referência em Biotecnologia, dedica-se ao desenvolvimento de vacinas e bioprodutos, impactando significativamente a saúde pública e a indústria farmacêutica.
Esses pesquisadores ilustram a diversidade e a relevância das pesquisas realizadas nas universidades públicas brasileiras, contribuindo para avanços que beneficiam tanto a sociedade local quanto a global.
A Importância da TWAS e o Papel do Brasil
Fundada em 1983, a TWAS é uma das principais redes nacionais de promoção científica em países em desenvolvimento. A inclusão de brasileiros entre seus membros reforça a reputação do país e de suas instituições de ensino superior no cenário internacional.
As nomeações de Carlini e Dellagostin também destacam o potencial do Rio Grande do Sul como polo de pesquisa de excelência, evidenciando a qualidade das contribuições acadêmicas locais em áreas estratégicas como saúde e biotecnologia.
Desafios Persistentes na Pesquisa Brasileira
Apesar do reconhecimento internacional, os cientistas brasileiros enfrentam desafios importantes:
- Infraestrutura e Recursos: Falta de equipamentos e instalações prejudicam a realização de pesquisas de ponta.
- Burocracia: A demora na aprovação de projetos e na importação de insumos atrasa avanços científicos.
- Colaboração: A baixa interação entre pesquisadores limita projetos interdisciplinares e inovadores.
- Financiamento: A redução de investimentos em ciência e tecnologia dificulta a execução de pesquisas estratégicas.
Esses entraves não diminuem a importância do trabalho dos pesquisadores, mas ressaltam a necessidade de políticas públicas que promovam um ambiente mais favorável à ciência.
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