Especialistas explicam que a erva-de-passarinho se instala nos galhos das árvores, retirando nutrientes e água da planta hospedeira. O resultado é o enfraquecimento gradual das árvores, que pode apresentar galhos secos, queda prematura de folhas e, em casos extremos, morrer. Além de comprometer a saúde das árvores, a infestação relacionada à estética urbana e à qualidade ambiental, diminuindo a sombra e o sequestro de carbono fornecido pela vegetação.
“É uma questão ambiental séria. Muitas árvores de espécies nativas, como o angico e a timbaúva, estão entre as mais afetadas. A ausência de manejo adequado acelera o problema”, alerta o engenheiro florestal Rodrigo Munhoz.
O manejo da erva-de-passarinho é desafiador, já que exige procedimentos técnicos, como a poda correta dos galhos infestados e a remoção manual da parasita. No entanto, a falta de planeamento e recursos destinados à manutenção da arborização pública agrava a situação. Segundo a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, iniciativas pontuais foram realizadas, mas especialistas defendem que é necessário um plano integrado e contínuo de combate.
A população também pode colaborar identificando árvores infestadas e notificando os órgãos responsáveis. “É importante que os moradores se conscientizem e auxiliem na preservação do nosso patrimônio ambiental, pois o equilíbrio ecológico depende da saúde dessas árvores”, afirma Munhoz.
Enquanto a erva-de-passarinho se alastra por Porto Alegre, a cidade corre contra o tempo para preservar sua paisagem e os benefícios proporcionados por suas árvores. Sem ações urgentes e coordenadas, o futuro da arborização urbana poderá ser comprometido.
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