Nos últimos 30 anos, eventos climáticos extremos, como tempestades, ondas de calor e enchentes, resultaram em aproximadamente 800 mil mortes em todo o mundo, segundo levantamento da ONG Germanwatch. O Brasil registrou 137 mil dessas fatalidades, além de perdas econômicas superiores a R$ 10 bilhões. Globalmente, os prejuízos financeiros ultrapassaram a marca de US$ 4,2 trilhões.
O relatório da Germanwatch evidencia que os países do Sul Global, que historicamente menos contribuíram para as emissões de gases de efeito estufa, são os mais afetados pelos impactos das mudanças climáticas. Pequenas nações insulares, como Dominica, sofreram danos econômicos que superam seu próprio Produto Interno Bruto (PIB), demonstrando a vulnerabilidade dos países em desenvolvimento e a necessidade urgente de apoio financeiro e estratégico para a adaptação climática.
A COP30 e a luta por soluções concretas
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro de 2025 em Belém, no Brasil, surge como uma oportunidade crucial para debater e implementar medidas de mitigação e adaptação. Entre os temas centrais do encontro, estarão o financiamento climático para países mais vulneráveis, a ampliação de compromissos para a redução de emissões e a criação de políticas mais rígidas para limitar o aquecimento global.
Com 2024 já registrado como o ano mais quente da história, cientistas alertam que o mundo pode ultrapassar a meta de 1,5°C de aquecimento global nas próximas décadas, intensificando os riscos à segurança alimentar, ao acesso à água e à estabilidade econômica global. A pressão sobre as lideranças mundiais cresce para que os encontros climáticos deixem de ser apenas espaços de debate e resultem em ações concretas e eficazes.
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